Fase Final do Trigo no Rio Grande do Sul

O trigo chega em sua reta final nas áreas do norte do Rio Grande do Sul, e nas próximas semanas se iniciará a colheita. Como já era previsto, e até mesmo dito aqui em post anterior, a nossa preocupação com a pressão de giberela na fase de antense do trigo se confirmou. Embora saibamos das diferenças entre cultivares, é indiscutível a presença dessa doença nas lavouras tritícolas gaúchas, principalmente na região norte.

Nas áreas assessoradas pelo grupo Agros na região centro baixa do estado o cenário é um pouco diferente, devido a um maior estresse hídrico na fase inicial e menores volumes hídricos no estádio de florescimento da cultura, o potencial produtivo dessas áreas,nas missões áreas já sendo colhidas, estão um pouco abaixo do esperado, inferior a 60 sc/ha, mas com uma excelente qualidade. Já nos clientes assistidos na região de Erechim o cenário é um pouco diferente, é de uma boa expectativa de produtividade, em torno de 70 sc/ha, mas com um forte presença do fungo Fusarium graminearum (Giberela) nas áreas, causado pelo excesso de chuvas no final de setembro e início de outubro.

Deve-se ligar um de alerta pois, provavelmente, teremos um forte efeito sobre a qualidade do trigo, desde valores de pH (abaixo de 78) e até mesmo no aumento de micotoxinas, como por exemplo Deoxinivalenol (DON) nas lavouras de trigo gaúchas. E esse fato deve ocorrer com maior severidade em áreas onde o manejo fitossanitário foi deficitário ou mal realizado. Já que hoje ainda o uso de fungicidas é bastante positivo na diminuição e controle desse fungo.

Fotos: Felipe Bortolin