Crédito agrícola - Safra 22/23

Há 35 anos o Grupo Agros constrói conexões buscando transformar e melhorar a realidade do agronegócio nacional. Com foco em gestão e atuação nos principais Estados produtores de grãos do Brasil por meio dos serviços de assessoria, consultoria e soluções digitais (Agro1), a empresa, com sede no Rio Grande do Sul, está atenta ao mercado buscando levar a seus clientes e parceiros as melhores alternativas de negócio. Com essa visão, a Agros promoveu nesta quarta-feira, 9, em parceria com o Itaú BBA, Webinar que discutiu o tema ‘Cenário de crédito agrícola – Safra 22/23’.

Durante a atividade, os gerentes de consultoria agro e de vendas especializadas agro do Itaú BBA, Guilherme Melo e Maurício Kabilio, apresentaram o que vem por aí, considerando fatores como o aumento dos custos de produção, taxas de juros e os recursos que estarão disponíveis ao mercado, apresentando as principais fontes de financiamento.

Guilherme Melo destacou que o aumento de insumos para a produção agrícola e a falta de alguns defensivos e fertilizantes como glifosato e potássio tendem a se manter; A instabilidade política mundial causada pela tensão Ucrânia e Rússia, a restrição às exportações dos países produtores de fertilizantes e a baixa produção causada pela crise energética que alguns países estão vivenciando são alguns dos motivos do aumento. Além disso, o risco logístico continua presente devido à elevação do valor do frete marítimo e do prazo de entrega dos insumos.

Diante desse cenário, ficou claro que a busca por crédito rural aumentará para suprir a falta de caixa dos produtores rurais. No dia 4, sexta-feira, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia solicitou às instituições financeiras que suspendessem novas contratações de crédito rural durante o mês de fevereiro, alegando que não há recursos orçamentários suficientes para custear o pagamento da equalização das taxas de juros dessas operações. Logo, com a falta do crédito controlado, os recursos livres estarão disponíveis a taxas entre 12 a 16%a.a..

Maurício Kabilio atentou para a dificuldade com subsídios e a suspensão dos contratos na busca por crédito rural no primeiro semestre de 2022. Para o segundo semestre a busca por crédito recomeça, e governo e instituições financeiras revisarão as métricas e disponibilidade de crédito, ocasionando um possível reajuste das taxas.

Ao final, o recado foi claro: o produtor precisa de planejamento a fim de ‘compor o caixa’ para um novo momento, mais delicado e desafiador, que, segundo a dupla, será marcado por custos financeiros mais altos e riscos que envolvem desde logística a variações cambiais, que tendem a ser afetadas pelo período eleitoral. Eles alertaram, também, que os produtores devem escolher parceiros confiáveis para empreender as etapas da jornada, especialmente, diantes das incertezas.

Conforme a diretora geral do Grupo Agros, Ana Cantele, a Webinar permitiu que o produtor tomasse conhecimento de elementos que devem ser determinantes para o enfrentamento de um novo cenário. Ela também destacou que a escolha pelo Itaú BBA se deu em razão da relevância e expertise de seus profissionais, que são referência no País.